terça-feira, 28 de novembro de 2017

FIGURAS PÚBLICAS EM PELE NEGRA NO FÓRUM DE BH

Marilyn Monroe ganhou a versão de uma mulher negra e passista de escola de samba

A loira, atriz e modelo norte-americana Marilyn Monroe ganhou a versão de uma mulher negra e passista de escola de samba no Brasil. O mesmo aconteceu com Sophia Loren. 

A diva do cinema italiano ganhou contornos de empregada doméstica nas telas da série “Eu sou neguinha”, da artista plástica Helena Rodrigues. 

A exposição com diversos artistas hollywoodianos será hoje, terça-feira, 28, às 19h, na Galeria de Arte do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.

A artista ressalta que o objetivo da série de pinturas é debater o racismo sem ofender, culpar ou brigar com ninguém. 

“Todas as personalidades públicas retratadas nas pinturas mostram como poderiam ser se fossem pobres, negras e nascidas no Brasil. Sabemos o quanto a maioria negra vive em condições menos favorecidas no País”, ressalta Helena Rodrigues.

James Dean, algemado e sendo apresentado à imprensa diante de um cartaz da Polícia Civil

As pinturas incluem também Elvis Presley como motoboy entregador de pizza e James Dean, algemado e sendo apresentado à imprensa diante de um enorme cartaz da Polícia Civil. Marlene Dietrich, atriz alemã de renome internacional e símbolo sexual, está vestida em saco de linhagem. As obras ainda retratam Che Guevara e Carmen Miranda.

“Na infância, esses artistas eram minha referência e não tínhamos noção se eles eram diferentes ou iguais em razão da cor da pele. Sequer sabia que o futuro poderia ser diferente por causa de raças distintas”, destacou.

A exposição ainda vai mostrar a série “Eugenia”, que também trata da questão racial. Já as peças em bronze denominadas “Os Juízes” revelam como as pessoas comuns se comportam como julgadores do comportamento do outro no cotidiano.

A artista
Helena Rodrigues nasceu em Sete Lagoas e ingressou na Fundação Mineira de Arte (FUMA) em 1980 para estudar desenho industrial, migrando, dois anos depois, para a Escola Guignard, hoje pertencente à Uemg. 

Formou-se em artes plásticas com habilitação em educação artística em 1987. Trabalhou como professora na rede pública de Contagem e, em escolas privadas, como diretora de arte. 

Suas ilustrações científicas em aquarela, sobre a fauna e a flora brasileiras em risco de extinção, já foram expostas em centros culturais de diversas regiões do Brasil. No currículo há ainda mostras com coleções de retratos a óleo e esculturas em bronze.

da assessoria do TJMG

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