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TRANSEXUALIDADE E NOME SOCIAL SÃO TEMAS DA 13ª PARADA DO ORGULHO LGBTTTs DO SUL DE MINAS

Primeira e única Parada do Orgulho LGBTTTs do Sul de Minas tem concentração na Praça Getúlio Vargas

O Movimento Gay de Alfenas (MGA), ONG que completou 18 anos de luta, lançou, oficialmente o tema da Parada deste ano: “Meu nome, minha identidade”, colocando em foco as diferenças existentes entre a mudança de nome no registro civil e o uso do nome social por transexuais, além de abordar os direitos assegurados à população de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais.

A 13ª Parada do Orgulho do Orgulho LGBTTTs do Sul de Minas será realizada no dia 1º de julho. A concentração começa às 13h, na Praça Getúlio Vargas, no Centro de Alfenas. Está continua sendo a primeira e única do Parada do Orgulho LGBTTTs realizada na região do Sul de Minas.

Antes da tradicional Parada, será realizada a 12ª Semana da Diversidade, também com o mesmo tema: Transexualidade e Nome Social. A programação da Semana da Diversidade será divulgada em breve. 

Além da Parada e da 12º Semana da Diversidade, seguindo a tradicional também serão realizadas as festas de Pré-Parada, em 30 de junho, e Pós-Parada, em 1º de julho.

Sander Simaglio, fundador e atual presidente da ONG explica o motivo pelo qual o MGA abordou dois anos consecutivos a questão da transexualidade.

"As pessoas LGBT fazem parte de um dos grupos vulneráveis que sofre as maiores violências no nosso país. O Brasil possui o infeliz título de campeão mundial de assassinatos de pessoas travestis e transexuais por motivo de ódio, segundo dados da ong Transgender Europe. Precisamos, de alguma forma, contribuir para diminuir esses números", diz Sander.

Os dados de agressões e violências contra pessoas LGBT podem ser ainda maiores, já que em muitos casos não são nem mesmo reportados. A luta por dignidade, direitos iguais e respeito tem se fortalecido. Uma dentre as muitas demandas, está o direito de uso do nome social.

Para Simaglio, o não reconhecimento do direito dos transexuais à troca de prenome e sexo correspondente à sua identidade de gênero viola preceitos fundamentais da Constituição como os princípios da dignidade da pessoa humana, a vedação à discriminação odiosa, a igualdade, a liberdade e a privacidade.

"O reconhecimento do nome social é um direito conquistado, especialmente por pessoas travestis e transexuais, que lutam, dentre outras coisas, contra o constrangimento de ser chamado pelo nome que representa um gênero com o qual a pessoa não se identifica", ressalta ele.

"Muitas pessoas enfrentam por anos não apenas a luta contra o preconceito, mas também uma luta pelo desenvolvimento livre e respeitoso da própria identidade. Permanecer sendo chamadas por um nome que não lhes representa implica em grandes prejuízos psicoemocionais e sociais à estes indivíduos", reforça o fundador e atual presidente do MGA.

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