quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

DESASTRE PROVOCADO PELO ROMPIMENTO DE BARRAGEM EM BRUMADINHO COLOCA MILHARES DE ANIMAIS EM RISCO

Proteção Animal Mundial avalia in loco perdas e danos causados pelo rompimento de barragem em Minas Gerais 

Desde a última sexta-feira, 25, o país está sensibilizado com o desastre ocorrido em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), devido ao rompimento da barragem da mineradora Vale. 

Até o fechamento desta matéria, 84 corpos foram encontrados e cerca de 276 pessoas ainda estão desaparecidas, no entanto, até o momento, ainda não há informações sobre o impacto nos animais que vivem no local. 

Uma equipe da Proteção Animal Mundial (antes conhecida como Sociedade Mundial de Proteção Animal-WSPA) se deslocou para a cidade e está à disposição das autoridades locais para ajudar a garantir o resgate e atendimento dos animais atingidos, a organização não-governamental estima que milhares de animais foram impactados.

“Estamos arrasados ​​ao saber que muitas pessoas e animais perderam a vida. Agora, nosso objetivo prioritário em Brumadinho é garantir que todas as necessidades dos animais afetados pelo desastre sejam asseguradas", diz Helena Pavese, diretora executiva da Proteção Animal Mundial. 

“O fato de os animais não estarem nos planos de contingência muito nos preocupa, pois a recuperação da comunidade afetada é mais lenta e dolorosa. Além da perda humana eles precisam se restabelecer economicamente”, completa a diretora.

Liderada pela gerente de Programas Veterinários, Rosângela Ribeiro, a equipe da Proteção Animal Mundial está em Minas Gerais desde o domingo, 27. 

Nesse primeiro momento, a organização irá avaliar as perdas e danos causados aos animais pelo rompimento da barragem, trabalhar com o Conselho de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMV-MG) em estratégias de redução de riscos e apoiar as equipes de resgate no que for necessário para o salvamento dos animais que ainda estão na área afetada.

Brumadinho é uma cidade rural com muito animais domésticos, como cães e gatos que vivem na localidade. A área também é um local de produção agrícola, composto por pequenos agricultores que criam principalmente gado, vacas leiteiras, galinhas e porcos para atender a demanda de Belo Horizonte. 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que cerca de 15 mil bovinos, 3 mil vacas leiteiras e 10 mil suínos são criados na área. Além disso, a parte florestal da região abriga milhares de animais silvestres, como mamíferos, répteis e peixes.

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