segunda-feira, 18 de março de 2019

POÇOS DE CALDAS REGISTRA REDUÇÃO NA TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL


Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Poços de Caldas, no Sul de Minas, a taxa de mortalidade infantil por mil nascidos vivos em 2018, foi de 9,6 no município. Em 2017, o índice registrado havia sido de 11,1. 

“A partir destes dados, fazemos uma investigação hospitalar, onde essa criança nasceu ou foi atendida, uma investigação ambulatorial, nos locais onde foram realizados pré-natal e outros atendimentos, além de entrevistas com a família. Neste processo, levantamos informações que são ferramentas para a melhoria da assistência prestada, por meio destes indicadores que são essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas”, explicou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Juliana Loro Ferreira. 

A taxa de mortalidade leva em conta a morte de crianças com até um ano de vida incompleto. O índice é influenciado por diversos fatores, como condições socioeconômicas, educação materna, saneamento básico, cobertura vacinal, acesso e qualidade da assistência materna infantil, entre outros aspectos.

Brasil e Minas
No Brasil, o último dado divulgado pelo Ministério da Saúde é referente a mortalidade infantil em 2016: foram 14 mortes a cada mil nascidos; um aumento de 4,8% em relação a 2015, quando 13,3 mortes (a cada mil) foram registradas. 

Desde 1990, o país apresentava queda média anual de 4,9% na mortalidade. Nos anos 1980, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil chegou a registrar 82,8 mortes por mil nascimentos. Em 1994, a taxa chegou a 37,2; e, em 2004, a 21,5. Em 2016, o Ministério da Saúde creditou a alta mortalidade à emergência do vírus zika. 

No Estado de Minas, dados preliminares indicam que a taxa de mortalidade infantil em 2018, foi de 10,96 por mil nascidos vivos. 

“Sem dúvidas é uma redução significativa em Poços, em relação ao ano anterior. Não é a melhor taxa que nós já tivemos mas é um indicador positivo, tendo em vista que a taxa daqui é inferior ao registrado no Estado de Minas e no Brasil. Isso representa investimentos na assistência e nos pré-natais. Nossa perspectiva é continuar trabalhando para manter os níveis e melhorá-los”, disse Alberto Volponi, médico responsável pela avaliação dos óbitos no Comitê de Mortalidade Materno, Fetal e Infantil de Poços. 

O órgão é composto por outros profissionais, como enfermeiro, médicos ginecologista e pediatra, representantes da Vigilância Epidemiológica, Atenção Básica, Programa Saúde da Mulher e da Criança e também do Conselho Municipal de Saúde.

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