sexta-feira, 10 de maio de 2019

LAFAEYETTE DEBATE REFORMA DA PREVIDÊNCIA COM O MINISTRO DA ECONOMIA


A Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara realizou audiência pública para ouvir explicações do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do secretário nacional de Previdência, Rogério Marinho nesta quarta-feira, 8. 

O deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) defende a Reforma da Previdência, uma vez que "o modelo atual é generoso com os mais ricos e perverso com os mais pobres. Nosso sistema paga para os 20% mais ricos, 40% do bolo previdenciário. E paga aos 20% mais pobres apenas 3% do bolo. É necessário combater essas distorções", afirmou o parlamentar.

Criada para analisar e votar a PEC da Previdência, a Comissão Especial da Reforma examina o mérito da proposta do Governo e propõe mudanças no texto legal. Membro da Comissão, Lafayette lembrou que o atual modelo de previdência é de 1934 e foi baseado no modelo de Bismarck, estadista da Alemanha de 1880. 

"Temos um sistema previdenciário distorcido e antiquado, e que todos nós estamos sentindo na pele", censurou Lafayette.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou números aos deputados para explicar e justificar a necessidade da reforma da Previdência. Para Guedes, o atual sistema enfrenta déficit em todas as áreas. “O sistema já está condenado à quebra”, declarou.

Lafayette assinalou que a previdência gasta hoje três vezes mais de tudo que é investido com educação, saúde e bolsa família. 

"Nos últimos cinco anos, por conta deste rombo, a nossa capacidade de investimento caiu pela metade. Este é o nosso desafio. O Brasil espera de nós respostas e coragem para enfrentar esse desafio. As próximas gerações vão cobrar de nós o resultado do que fizemos aqui. Nós temos um modelo hoje em que uma empregada doméstica precisa trabalhar 10 anos mais que a própria patroa, em que um operário da construção civil tem que trabalhar 10 anos mais que o empreiteiro que o contratou. Tenhamos responsabilidade, senso de justiça e, sobretudo, coragem. O remédio pode ser amargo, mas salva o indivíduo", concluiu Andrada.

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