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AZEITONA QUE VALE MAIS QUE OURO

Por meio das pesquisas em olivicultura, e junto de empresas locais, também foi possível estabelecer técnicas que utilizam o azeite e o resíduo da extração para a fabricação de sabonetes, cremes hidratantes e difusores de ambientes

Ela pode ser encontrada na mitologia, nos jogos olímpicos e na saúde, mas quem diria que a azeitona deixaria de ser a protagonista do azeite e alcançaria outros patamares de utilização na área da beleza? Foi o que aconteceu no município de Maria da Fé, na Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas.

Pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), desenvolveram técnica para a produção do azeite que acabou resultando na utilização do produto e do resíduo da extração do mesmo  para a fabricação de sabonete. 

Para o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da FAPEMIG, Paulo Beirão, este é mais um exemplo da aplicação de conhecimento originado de pesquisa gerando novas oportunidades para o desenvolvimento econômico e social de uma região. "Novos negócios poderão ser criados a partir dessa tecnologia, e a dimensão que eles poderão tomar depende agora do setor privado. O mundo é o limite!", pontua.

De acordo com o pesquisador em olivicultura e fruticultura de clima temperado da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Luiz Fernando de Oliveira da Silva, a produção de produtos cosméticos com azeite de oliva já é realizada por outros países produtores, pois o azeite de oliva tem uma substância que traz benefícios à pele e combate os efeitos oxidativos causados pelos radicais livres.

"Foi isto que ocorreu, com a técnica de produção do azeite desenvolvida pela Epamig, algumas empresas desenvolveram subprodutos das oliveiras como o sabonete e hoje a comercializam", explica. 

O pesquisador conta, ainda, que as empresas desenvolveram duas formas de produção: uma feita com azeite e outra com o resíduo da extração. Também há a opção do sabonete esfoliante. “Este é feito com o resíduo, que contêm, além de uma quantidade de azeite de oliva, pedaços triturados do caroço, proporcionando o efeito esfoliante”, explica. Além de hidratantes, os sabonetes também representam importante fonte de renda para a região. 

“Existem duas empresas que possuem lojas e comercializam o produto aqui em Maria da Fé e como efeito disto podemos citar a geração de empregos e renda, utilização de subprodutos que seriam descartados, além de ser um atrativo para turistas e novos produtos tecnológicos”, conta.

Silva destaca, ainda, a importância da cadeia da olivicultura para a região de Maria da Fé. De acordo com o pesquisador, hoje são cerca de 1 milhão de plantas, 2 mil hectares plantados, cerca de 60 marcas comerciais de azeite, uma produção em 2018 de 800 mil quilos de azeitonas, das quais foram extraídos 80 mil litros de azeite. 

“Além disso estamos trabalhando outras possibilidades de exploração da olivicultura, como azeitonas em conserva, folhas da oliveira, artesanato com a madeira da oliveira e cosméticos começam a se desenvolver e toda essa cadeia tem movimentado a região da Serra da Mantiqueira, trazendo benefícios econômicos, sociais e culturais”, finaliza.

por Tatiana Nepomuceno - assessoria da FAPEMIG

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