quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

ÍNDICE DA CESTA BÁSICA DE TRÊS PONTAS TEM ELEVAÇÃO DE 8,79% EM DEZEMBRO


O Índice da Cesta Básica de Três Pontas (ICB – FATEPS/UNIS) teve uma elevação entre os meses de novembro e dezembro de 8,79%, sendo a maior alta desde o início da pesquisa em abril deste ano e o quinto aumento consecutivo no valor médio dessa cesta de produtos.

Importante salientar que a pesquisa é realizada através da coleta de preços de 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, usando a metodologia adotada pelo DIEESE a nível nacional. No acumulado deste ano (de abril a dezembro) a cesta básica aumentou 26,15%.

A pesquisa demonstrou que neste mês de dezembro o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Três Pontas é de R$541,69. Esse valor corresponde a 56,34% do salário mínimo líquido. Dessa forma, um trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 114 horas e 02 minutos por mês para adquirir essa cesta na cidade de Três Pontas.

Entre os meses de novembro e dezembro de 2020, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Três Pontas, nove tiveram alta dos preços médios, são eles: manteiga, banana, carne bovina, batata, leite integral, farinha de trigo, feijão carioquinha, café em pó e arroz. Mais uma vez os preços médios do pão francês se mantiveram inalterados. E três produtos tiveram queda em seus preços médios: tomate, óleo de soja e açúcar refinado.

De acordo com o Departamento de Pesquisa, essa última pesquisa de 2020 mostrou uma grande volatilidade nos preços do leite integral e da manteiga, em razão do aumento da cotação do leite no campo. Evidenciou-se também, assim como em Varginha, o impacto dos hortifrutigranjeiros e da carne bovina na variação do valor da cesta básica. No relatório anterior foi apontada a possibilidade de diminuição do preço do tomate, o que se confirmou neste mês, mas a batata continuou em elevação juntamente com a banana. Espera-se que estes produtos tenham quedas no curto prazo em função da chegada de novas safras.

As questões climáticas, como o caso do fenômeno La Niña, e a alta nos preços dos grãos que compõem a alimentação do gado podem manter o preço do leite e da carne elevados por algum tempo, a depender de como a produção se comporta diante destas problemáticas. Produtos como arroz e óleo de soja se estabilizaram em valores muito altos e a queda nos seus preços médios deve demorar um prazo maior. Tais comportamentos ocorrem em função da desvalorização da taxa de câmbio, do aumento das exportações e da alta demanda interna.

A pesquisa completa pode ser acessada clicando aqui.

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