quinta-feira, 24 de junho de 2021

SERVIDORES DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE LAVRAS REALIZAM BUSCA ATIVA ESCOLAR

Em tempos de pandemia, combater a evasão escolar se tornou ainda mais necessário para o município 

Assistente social Reginaldo Garcia e o motorista Jaime, no bairro Serra Verde, na Zona Sul de Lavras

A suspensão das aulas presenciais por causa da pandemia de Covid-19, cresceu a preocupação dos municípios com a evasão escolar e, apesar do esforço dos gestores, há crianças e adolescentes que ficaram sem participar das atividades remotas, aumentando o risco de abandono. Daí a importância ainda maior das ações de Busca Ativa Escolar, que mobilizam não apenas educadores, mas também profissionais das áreas da assistência social e da saúde.

Em Lavras, no Sul de Minas, os servidores da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Lavras estão percorrendo a cidade realizando a Busca Ativa dos alunos da rede municipal de ensino. O assistente social Reginaldo Garcia, juntamente ao motorista Jaime, percorrem os bairros da cidade visitando as famílias dos alunos. 

A Busca Ativa Escolar é uma forma de ajudar o município a combater a exclusão escolar. Ela visa identificar os problemas que os alunos enfrentam em tempos de pandemia para ter acesso e manter a frequência no ensino remoto e, assim, ter um diagnóstico destes problemas e o município poder atuar para garantir a permanência desses alunos regularmente participando das atividades de ensino. 

Evasão escolar

De acordo com um estudo divulgado pelo UNICEF, a partir de dados da PNAD de outubro de 2020, há cerca de 5,5 milhões de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos em situação de desvinculação escolar no país. Por desvinculação escolar entendem-se as situações de estarem fora da escola e em risco de abandono escolar. Neste contexto, o estudo considerou os casos de crianças não matriculadas e aquelas que, mesmo matriculadas, declararam não acessar as atividades remotas (UNICEF, 2021 / PNAD 2020).

Segundo estudo publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), também em outubro de 2020, coordenado por Marcelo Neri e Manuel Camillo Osorio,  o tempo médio dedicado à escola para o grupo de 6 a 15 anos foi de 2,37 horas diárias por dia útil, inferior ao mínimo de 4 horas estabelecido pela Lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDBE). Os adolescentes de 16 e 17 anos matriculados, embora se dedicassem mais ao ensino remoto, sofreram com uma maior evasão escolar. O principal componente que explica essa diferença é a queda da taxa de matrícula escolar de 90% para 35%, fato que já ocorria antes da pandemia. 

*Por Sebastião Filho

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