terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

VICE-PREFEITO DE ITAJUBÁ É PRESO EM OPERAÇÃO CONJUNTA DE COMBATE À CORRUPÇÃO


Dez mandados de prisão, sendo quatro preventivas e seis temporárias, e 25 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta terça-feira, dia 20 de fevereiro, nas cidades de Itajubá, no Sul de Minas e Campos do Jordão e São José dos Campos, ambas em São Paulo. O Ministério Público de Minas e as Polícias Civil e Militar deflagraram na manhã desta terça-feira, 20, duas operações de combate à corrupção: Transfusão e Sepulcro Caiado. A partir do trabalho integrado entre as instituições do Estado responsáveis pelas atividades de investigação e de segurança pública, foram realizadas duas investigações distintas, porém com um núcleo comum.

Nesse contexto, a operação Transfusão investiga desvios de recursos públicos e privados do Hospital das Clínicas de Itajubá (HCI), consentidos por alguns de seus administradores, em favor do atual secretário municipal de Saúde e vice-prefeito de Itajubá Nilo Baracho. A denúncia, já apresentada ao Poder Judiciário, atribuiu aos investigados crimes de organização criminosa, peculato, corrupção ativa e passiva e um delito de lavagem de valores.

Já a operação Sepulcro Caiado, presidida pela Polícia Civil, investiga a prática de desvio de recursos públicos por intermédio do superfaturamento de serviços de manutenção da frota veicular das Secretarias de Saúde, Educação e de Obras de Itajubá.

Conforme apurado até o momento, o município realizava pagamentos de serviços de mecânica que não eram verdadeiramente realizados, através, principalmente, da falsa inserção de notas fiscais de peças nunca utilizadas nos veículos. Em contrapartida, agentes públicos recebiam valores para que os desvios pudessem ocorrer. Dentre eles, o atual secretário municipal de Saúde e vice-Prefeito de Itajubá.

No âmbito do MPMG, as investigações foram realizadas pelas Promotorias de Justiça de Itajubá (Defesa do Patrimônio Público; Defesa da Saúde; e Combate às Organizações Criminosas), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público, ambas da regional Pouso Alegre.

O advogado Willys Vilas Boas Júnior, que defende Nilo Baracho e outros cinco investigados, informou que ainda não teve acesso aos autos do processo e, por conta disso, não pode se manifestar de maneira técnica e precisa sobre os fatos.

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