Cestas Verdes passaram de 2.449 em 2020 para 7.485 no ano passado
Em relação à distribuição de Cestas Verdes, auxílio-alimentação por meio da entrega de cestas com legumes, hortaliças e frutas fornecidas como forma de complementação das refeições, o número saltou de 2.449 no ano de 2020, média de 204 por mês, com cerca de 37 toneladas de alimentos distribuídas, para 7.485 cestas verdes durante o ano de 2023, uma média 624/mês, aproximadamente 113 toneladas de alimentos.
Segundo o coordenador de Segurança Alimentar da Secretaria Municipal de Promoção Social, José Porto, a substancial ampliação foi possível a partir de ações de divulgação e do trabalho dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). “Com isso, a população foi conhecendo e tendo acesso ao programa da Cesta Verde”, conta.
Ele informa que, para o ano de 2024, a previsão é chegar a 9.400 cestas verde até dezembro, média de 783 mensalmente. Cada Cesta Verde conta com aproximadamente 15 kg de frutas, legumes e verduras.
A Cesta Verde foi estabelecida pela Lei Complementar 186/16, dentro da concessão dos benefícios eventuais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Têm direito ao benefício as famílias com renda per capta inferior a ¼ do salário mínimo e que tenham alguma pessoa em situação de insegurança alimentar, como portadores de doenças crônicas não transmissíveis como diabéticos, hipertensos, obesos e desnutridos. Para receber a Cesta Verde, é necessário laudo médico, do nutricionista e parecer técnico-social do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
O Banco de Alimentos também implantou uma ação intersetorial, que envolve os CRAS, o Sistema Único de Saúde (SUAS) e o Banco de Alimentos para fornecimento de alimentos saudáveis (frutas, verduras e legumes) para gestantes e puérperas com algum tipo de deficiência de nutrientes, ação inédita em âmbito estadual.
A equipe do Banco de Alimentos adotou, ainda, a realização de visitas trimestrais aos agricultores familiares que integram o Programa de Aquisição de Alimentos municipal, fornecedores dos alimentos, seja por aquisição ou doação. “Visitamos as plantações dos agricultores entre uma colheita e outra plantação e enxergamos a oportunidade de colhermos os alimentos que, muitas vezes, seriam descartados por estarem com aspecto não adequado para a comercialização, embora em totais condições de consumo. Assim, criamos uma parceria entre o Banco de Alimentos e o agricultor, aproveitando ainda melhor os alimentos”, destaca Porto. Para 2024, o investimento previsto para o PAA Municipal é da ordem de R$ 1 milhão.
Em outra iniciativa recente e inovadora, as famílias que retiram os alimentos no Banco Municipal de Alimentos têm oportunidade de escolher o que querem levar em suas cestas. Funciona como uma feira, na qual os beneficiários podem selecionar as variedades e quantidades, valorizando as preferências alimentares e estimulando a autonomia, a autoestima e a dignidade dos atendidos e promovendo a educação alimentar das famílias em situação de vulnerabilidade alimentar.
Também em parceria com os CRAS, as famílias usuárias das cestas verdes participaram de palestra com a nutricionista do Banco de Alimentos, Laís Aguiar, sobre as boas práticas, aproveitamento e cuidados de armazenamento com os alimentos.
Com as ações implantadas no Banco Municipal de Alimentos, Poços de Caldas é referência nacional nas ações de segurança alimentar. “A partir do trabalho em rede e união dos esforços conquistamos a possibilidade de acesso regular a alimentos de qualidade em quantidades suficientes, propiciando aos indivíduos e suas famílias o direito constitucional de acesso à alimentação adequada e saudável para garantia das condições de saúde e qualidade de vida”, pontua a coordenador.
Atendimentos a instituições
No ano de 2020, o Banco de Alimentos atendia 29 instituições, com a doação de 166 toneladas de alimentos perecíveis e não perecíveis. Já em 2023, foram mais 430 toneladas de alimentos movimentadas no Banco Municipal de Alimentos. A nutricionista Laís Aguiar desenvolveu uma cartilha explicativa sobre a manipulação e aproveitamento dos alimentos junto às equipes das instituições, garantindo uma alimentação saudável para os atendimentos.
Foram firmadas, ainda, parcerias com diversas instituições e empresas como Mesa Brasil do Sesc, Arizta, Ferrero do Brasil, Danone, Economart, VN, Unimed, Coopoços, pessoas físicas, agricultores, boxes do Ceasa, eventos, contribuindo para o fortalecimento das ações do Banco de Alimentos.
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