Já pensou em um problema cotidiano que pode ser resolvido com tecnologia? A partir das ideias dos estudantes do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em parceria com o Sindicato Intermunicipal das Indústrias da Construção Civil do Sul de Minas Gerais – Sinduscon Sul, a 2ª edição do Hackathon Construtech 2024 - Sinduscon & Inatel premiou as três equipes que apresentaram as melhores soluções para problemáticas do dia a dia da construção civil.
Entre os dias 3 e 4 de maio, as 8 equipes formadas por alunos do Inatel, puderam explorar conceitos, prototipar e apresentar propostas inovadoras para as bancas de jurados do evento. Todas as ações ocorreram no Laboratório de Ideação e no Fab Lab do Instituto. Foram 36 horas dedicadas a solucionar problemas relacionados à gestão, marketing e logística no setor construtivo.
A construção civil brasileira possui diversas problemáticas, que com o apoio da tecnologia, podem ser supridas. Para o Professor do Inatel e idealizador do Hackathon, Raphael Cardoso Mota Pereira, o evento é uma oportunidade para o despertar de novos negócios, além de novos insights sobre o mercado. “Iniciativas como essas despertam no aluno o interesse e mostram que essas áreas, como a construção civil e o agronegócio, também demandam de tecnologia. Acredito que é um novo mercado de trabalho para eles vislumbrarem”.
De acordo com a Coordenadora do Sinduscon Sul, Maria Claudia Martins, as três áreas são deficientes de inovação e, com o apoio dos estudantes, será possível transformar necessidades em oportunidades. “Nosso objetivo é que os alunos consigam compreender que a construção civil é um braço da tecnologia, não só os demais setores. A ideia é que as demandas da construção civil possam ser supridas pela tecnologia, uma vez que hoje a mão de obra está escassa”, completa.
"Nosso objetivo é que os alunos consigam compreender que a construção civil é um braço da tecnologia. Maria Claudia Martins", oordenadora do Sinduscon Sul.
Transformar as demandas da construção civil em inovação
As três equipes mais bem avaliadas pelas bancas, foram premiadas. Além do aprendizado, os estudantes ainda foram contemplados em R$1.000,00 para o terceiro lugar, R$3.000,00 para o segundo lugar, além da premiação de R$5.000,00 para o projeto destaque desta 2ª edição.
A equipe vencedora, INTLog, composta pelos alunos Cauã Campos de Souza e Silva, Fernanda Ellen de Souza, Henrique Pizzoni, Leonardo dos Santos Ferreira e Vinicios Gimenez de Souza, desenvolveu uma proposta para controle do concreto usinado que é utilizado para as obras. É muito comum que o concreto usinado contratado para as obras seja menor que o necessário. Com a solução apresentada pela equipe, será possível otimizar essa carência do mercado, que gerenciará o uso do concreto das obras.
Já o time que ocupa o segundo lugar, trouxe uma alternativa que pode apoiar o setor imobiliário. O desafio está na compra e venda de imóveis. A ideia apresentada utiliza dados de prefeituras, além de informações disponibilizadas por stakeholders que, cruzadas, fornecem um banco de dados para o usuário. Formada pelos alunos Henrique Junqueira Bicalho, Luis Felipe Picoli Ferreira, Pedro de Pádua Souza e Sinal Exaucé Mavoungou Nzaou, a ConstruData oferece a oportunidade de traçar novas oportunidades no mercado imobiliário.
O terceiro lugar, ficou com o time ADPU, liderado pelos estudantes João Amback Kovacsik Selim, Layla Victória Sousa Teles, Matheus Henrique Gonçalves Faria, Mizael Domingos Continie e Stefanie Bressane Diniz Saponara. A equipe propôs solucionar a dificuldade que muitas empresas encontram ao traçar a medição dos terrenos para os clientes antes da construção de empreendimentos imobiliários. Os alunos desenvolveram um hardware que visa a diminuição de custos operacionais, além de entregar uma versão em 3D do terreno para o cliente.
É importante destacar que os projetos vencedores do Hackathon são de direito das próprias equipes, proporcionando aos times a possibilidade de explorar o potencial de cada criação. Dessa forma, é possível dar seguimento à ideia como um negócio – por exemplo, no Inatel StartUps, um programa de empreendedorismo do Inatel que inclui uma incubadora referência em todo Brasil.
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