terça-feira, 10 de junho de 2025

ÍNDICE DA CESTA BÁSICA TEM QUEDA DE -2,84% EM POUSO ALEGRE


O Índice da Cesta Básica de Pouso Alegre apresentou recuo de -2,84% no início do mês de junho em comparação com maio. Um produto foi destaque de alta nos preços: açúcar refinado. Por outro lado, a maioria dos produtos pesquisados tiveram queda, principalmente batata, banana, arroz, farinha de trigo, óleo de soja e feijão carioquinha. Comparando esse resultado com junho de 2024, a alta acumulada no valor da cesta chega a 3,17%.

A pesquisa é realizada pelo Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas) e o Departamento de Pesquisa do Unis em Pouso Alegre com apoio do GEESUL. Na primeira semana do mês são coletados, nos principais supermercados da cidade, os preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos.

Na primeira semana de junho, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Pouso Alegre era de R$701,14, correspondendo a 49,93% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa dedicar 101 horas e 37 minutos por mês para adquirir essa cesta. Ao considerar a linha de corte da renda mensal per capita das pessoas pobres, que é de R$218,00, o custo da cesta está 3,22 vezes acima desse nível de renda.

De acordo com a pesquisa mais recente do DIEESE, a capital com maior valor da cesta básica no país é São Paulo (R$896,15) e o menor valor ocorre em Aracaju (R$579,54). Em Belo Horizonte essa mesma cesta custa em média R$733,76.

Nas demais cidades pesquisadas pela parceira IFSULDEMINAS e Grupo Unis, os resultados foram os seguintes: Varginha (R$680,59) e Carmo de Minas (R$756,16).

Entre maio e junho, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Pouso Alegre, apenas três tiveram alta nos preços médios: Açúcar refinado (5,13%), Manteiga (0,63%) e Carne bovina (0,02%).

O resultado deste mês em Pouso Alegre confirmou a quase totalidade de nossas previsões constantes no relatório anterior. A intensificação da safra dos hortifrutigranjeiros e a melhoria da produção e oferta de produtos como arroz, feijão carioquinha e café contribuíram para a queda verificada no valor da cesta. Além disso, fatores não previstos como o recuo nos preços do óleo de soja, farinha de trigo e leite integral também foram decisivos.

Nos relatórios deste mês, estamos enfatizando que o comportamento dos preços no curto prazo dependerá muito da dinâmica de oferta e produção, especialmente no caso dos hortifrutigranjeiros, carne bovina, feijão e leite. O clima será outro componente importante neste processo, visto que a intensificação do frio pode prejudicar a disponibilidade de alguns produtos e provocar elevações nos preços. As nossas expectativas apontam para uma continuidade na queda do valor da cesta básica em Pouso Alegre, porém em um patamar menor e tendendo a uma estabilidade.

Confira a pesquisa completa clicando aqui.

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