quarta-feira, 11 de junho de 2025

VALOR DA CESTA BÁSICA RECUA EM VARGINHA NO INÍCIO DE JUNHO


Pelo segundo mês consecutivo, o Índice da Cesta Básica de Varginha apresentou recuo, desta vez de -2,55%, no início de junho em comparação com o mesmo período de maio. As altas mais consideráveis ocorreram com tomate e manteiga. E as maiores quedas se deram com batata, banana, café em pó e carne bovina. Comparando com o valor em junho de 2024, a elevação acumulada é de 1,26%. Porém, deve-se considerar que naquele mês ocorreu a maior alta do ano de 2024.

A pesquisa é realizada pelo Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas), Departamento de Pesquisa do Unis e GEESUL. A coleta de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos é realizada na primeira semana de cada mês.

No início de junho, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Varginha era de R$680,59. O valor representa 48,47% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal, precisa dedicar 98 horas e 38 minutos por mês para adquirir essa cesta.
Considerando a linha de corte da renda mensal per capita das pessoas pobres, que é de R$218,00, o valor da cesta está 3,12 vezes acima desse nível de renda.

De acordo com a pesquisa do DIEESE, a capital com maior valor da cesta básica no país é São Paulo (R$896,15) e o menor valor ocorre em Aracaju (R$579,54). Em Belo Horizonte essa mesma cesta custa em média R$733,76.

Entre maio e junho, dos 13 produtos pesquisados, quatro tiveram alta nos preços médios em Varginha: Tomate (16,80%), Manteiga (2,51%), Açúcar refinado (1,61%) e Feijão carioquinha (1,17%).

Mais uma vez, a previsão realizada no relatório anterior, de que haveria um novo recuo no valor da cesta básica, se confirmou em Varginha. A intensificação da safra de inverno dos hortifrutigranjeiros (batata e banana) e a melhor previsibilidade de produção para café e arroz se concretizaram. Soma-se a isso a queda no valor da carne bovina, que não havia sido prevista em nosso estudo, que também contribuiu para o resultado deste mês.

Para o curto prazo, o comportamento dos preços dependerá muito da dinâmica de oferta e produção, especialmente no caso dos hortifrutigranjeiros, carne bovina e feijão. O clima será outro componente importante neste processo, visto que a intensificação do frio pode prejudicar a disponibilidade de alguns produtos e provocar elevações nos preços. As nossas expectativas apontam para uma continuidade na queda do valor da cesta básica na cidade, porém em um patamar menor.

Confira a pesquisa completa clicando aqui.

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