Presidente Lula estaria pressionando Sérgio Cabral para excluir Picciani e incluir Crivella na chapa para o Senado
O que está sendo tratado nos bastidores, aliás, nem estão mais nos bastidores, já está saindo em alguns jornais e blogs é que o presidente Lula estaria pressionando o governador Sérgio Cabral a incluir em sua chapa o Senador Marcelo Crivella. Como serão duas vagas em disputa para o Senado, o PT ficaria com uma delas, tendo como candidato o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias e a outra vaga, que está com o PMDB, tem como pré-candidato o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani. No entanto, Lula teria pedido a Cabral que sacrificasse a candidatura de Picciani, para incluir Crivella na chapa. Picciani não abre mão e tem o controle do PMDB fluminense e com isso, na convenção, dificilmente perderia a vaga. Lula, por sua vez, trabalharia para Crivella e Lindberg.
O cientista político e presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS) Geraldo Tadeu Moreira Monteiro foi o responsável pelas pesquisas que auxiliaram a campanha de 2008 do atual prefeito Eduardo Paes. Ele conversou com exclusividade com o Brasília Confidencial, revelou últimos resultados sobre intenção de voto para as próximas eleições no Rio de Janeiro e analisou o atual quadro eleitoral, com Sérgio Cabral (PMDB); Anthony Garotinho (PR) e Fernando Gabeira (PV). “Vai ser uma boa briga”, projeta ele. Nas pesquisas, o atual governador vem oscilando na faixa de 30% a 32% das intenções de voto, percentuais que não variaram muito desde dezembro. Segundo Geraldo Tadeu, Cabral se fragiliza um pouco quando o nome do deputado estadual Wagner Montes (PDT) é cogitado, este que conta com uma votação expressiva na Região Metropolitana e na Baixada Fluminense. Montes tem um programa na TV Record, do Bispo Edir Macedo. Porém, desde setembro Cabral vem apresentando crescimento, sobretudo por conta das melhorias na área de Segurança.
“As instalações das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) contribuiram para que a avaliação do seu governo crescesse oito pontos percentuais. Em setembro, ele tinha 39% e em dezembro passou para 47%. A recuperação de Cabral se deve também ao fato de o governador ter agido rápido quando percebeu que o adversário dele era o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), que tentou lançar sua candidatura. Farias roubaria apoio político e iria subtrair parte de sua base, pois mostrou forte potencial de crescimento e tinha baixa rejeição nas pesquisas. Hoje, o que pode balançar Cabral é ainda a questão da segurança, segundo a opinião de 66% dos cariocas.
“As instalações das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) contribuiram para que a avaliação do seu governo crescesse oito pontos percentuais. Em setembro, ele tinha 39% e em dezembro passou para 47%. A recuperação de Cabral se deve também ao fato de o governador ter agido rápido quando percebeu que o adversário dele era o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), que tentou lançar sua candidatura. Farias roubaria apoio político e iria subtrair parte de sua base, pois mostrou forte potencial de crescimento e tinha baixa rejeição nas pesquisas. Hoje, o que pode balançar Cabral é ainda a questão da segurança, segundo a opinião de 66% dos cariocas.
O ex-governador Anthony Garotinho (PR) cresceu de 16% para 20% nas pesquisas em 2009, tendo trabalhado exaustivamente no interior do estado, além de participar de inúmeros programas em rádios evangélicas. Seu voto está concentrado na Região Metropolitana, Baixada Fluminense e na Zona Oeste. No interior já esteve melhor antes de Cabral ter se recuperado na região, com ações dirigidas de políticas públicas e promoção econômica. Segundo Tadeu, houve uma inversão no interior (Cabral 40% e Garotinho 28%). “Garotinho terá que costurar alianças para ter mais tempo na TV. Como sempre foi um forte crítico de Lula, ele fica desconfortável dentro da coalizão de governo. Ele discute ainda apoio com o senador Marcelo Crivella (PRB) e até com o PDT. "Se o acordo sair, vai dar trabalho para Cabral”, avisa Tadeu.
A hesitação do deputado federal Fernando Gabeira (PV) em decidir se iria concorrer ao Senado, à Câmara ou ao governo do estado colaborou para a queda de nove pontos percentuais (de 26% para 17%), quando estava tecnicamente empatado com Cabral (32% a 26%). Agora que decidiu pela vaga no governo do estado, seu grande desafio será o de compor com sua base (PSDB, DEM, PPS e PV). “O grande problema será o de ajustar o discurso na prática por conta das candidaturas de José Serra (PSDB/SP) e Marina (PV/AC)”, analisa o cientista. Segundo o IBPS, Gabeira tem um desempenho forte na Capital (41% de todo o eleitorado), que com a saída de Lindberg do páreo gerou um impacto positivo. “Ele herda 16% das intenções de votos da Zona Sul – área nobre da cidade - simpática a Lindberg. No entanto, é fraco no resto do estado. Aconselharia dirigir 70% da sua campanha para a capital e o restante para Niterói, cuja população é mais escolarizada”, avalia. Há chances de ir para segundo turno, com Garotinho dando apoio “branco”, já que nunca passaria para o lado de Cabral”, diz. Já em nível nacional, os representantes da chapa devem definir a composição para o Senado, com Cesar Maia (DEM) ou Aspásia Camargo (PV) ou até Denise Frossard (PPS). Como vice de Gabeira, o deputado Márcio Fortes (PSDB) ou ainda Luis Paulo Corrêa (PSDB), o mais indicado, repetindo a dobradinha da campanha à prefeitura, em 2008.
Amigos do Crivella
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