sexta-feira, 20 de julho de 2012

VIÇOSA E REGIÃO DEMONSTRAM PREOCUPAÇÃO COM POSSÍVEL INSTALAÇÃO DE MINERIODUTO

Em Audiência Pública promovida pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) no dia 12 deste mês, realizada na cidade de Viçosa, a cerca de 230 quilômetros de Belo Horizonte, na região da Zona da Mata, moradores daquela cidade e região demonstraram estar preocupados com a possível construção de um mineroduto que passará por 17 cidades do Estado de Minas Gerais, incluindo Viçosa. Segundo relatos de fazendeiros, agricultores, pecuaristas, moradores e ainda de professores e estudantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV), o mineroduto pode acabar com nascentes, causar danos irreversíveis ao meio ambiente e gerar outros problemas, inclusive de cunho social.

O tema foi discutido por cerca de cinco horas na Escola Municipal Almiro Paraíso e cerca de cem moradores de Viçosa e região participaram dos debates e 22 fizeram uso da palavra. Nenhum representante da mineradora Ferrous Resource esteve presente à audiência. Contando com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFV, vários integrantes de movimentos sociais, entre eles o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (Feab), participaram da audiência. Por meio de faixas e panfletos, eles protestaram contra a construção do mineroduto. 

Um dos panfletos exibia os seguintes dizeres: "Não descansaremos enquanto não soubermos que nossas águas estão seguras e que os direitos dos atingidos estarão garantidos. O povo unido é povo forte, e a força da nossa organização é maior! Fora mineroduto". De acordo com o promotor de Justiça Spencer dos Santos Ferreira Júnior, o MPMG está acompanhando o caso desde maio deste ano. "Por meio da imprensa, tomamos conhecimento de uma mobilização social que se posiciona de maneira contrária à possível instalação do mineroduto. No dia 10 daquele mês, nos reunimos com representantes de vários movimentos para discutir a questão, e um dossiê nos foi entregue", explica o promotor de Justiça.

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