Cerca de 50 pessoas - entre elas um ex-servidor da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), órgão regional do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran), em Alfenas, responsáveis por centros de formação de condutores em Areado, Alterosa, Alfenas, Paraguaçu e Campos Gerais e alunos dessas autoescolas - irão responder na Justiça pela suposta ação fraudulenta na emissão e aquisição de Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou o esquema, pedindo a condenação de todos os envolvido por crimes previstos no Código Penal.
Segundo as denúncias encaminhadas à Justiça, o ex-servidor da Ciretran, valendo-se de sua função de gerir dados referentes aos exames teóricos de legislação e aos exames de prática de direção, durante cerca de um ano inseriu informações falsas e alterou indevidamente dados corretos nos sistemas do órgão do Detran, com objetivo de beneficiar candidatos à obtenção de CNH. Conforme apurado durante as investigações, os alunos entregavam uma quantia em dinheiro a responsáveis por centros de formação de condutores da região, que, por sua vez, repassavam parte do valor recebido ao então servidor da Ciretran.
"Era uma nítida divisão de tarefas", aponta a promotora de Justiça Eliane Fernandes do Lago Corrêa. O esquema fraudulento nos municípios do Sul de Minas, de acordo com o inquérito policial, teve início em outubro de 2010 e durou até novembro de 2011.
Extravio - Além dos ilícitos apurados, o então responsável pela gestão de dados na Ciretran é acusado de ter extraviado gabaritos das provas de legislação dos candidatos beneficiados com o fim de dificultar as investigações.
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