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Expresso Gardênia concluiu o negócio de incorporação da Empresa de Transportes Santa Terezinha |
Transnorte
e Santa Terezinha, duas tradicionais empresas de transporte rodoviário
de passageiros das regiões Norte e Sul de Minas, respectivamente,
passaram ao controle de duas gigantes mineiras do setor. A primeira,
sediada em Montes Claros, com mais de 150 ônibus, 40 linhas e um volume
de 140 mil passageiros transportados por mês, teve 70% das ações
adquiridas pela Saritur, grupo empresarial criado em 1977. Em Varginha, o
Expresso Gardênia concluiu o negócio de incorporação da Empresa de
Transportes Santa Terezinha. Com cerca de 50 ônibus e 10 linhas, a
companhia – uma das mais antigas do estado, fundada em 1937 – enfrentava
processo de recuperação judicial, após ter realizado investimentos em
renovação da frota, transporte de cargas e imagem.
Tanto a Saritur quanto a Gardênia apostam na fórmula de incorporar concorrentes para crescer. Após as negociações, Saritur e Gardênia se consolidaram como a segunda e a terceira maiores empresas em número de linhas intermunicipais do estado, ficando atrás somente da Empresa Gontijo.
A aquisição da maior parte das ações da Transnorte abriu as portas para um raio de atuação que a Saritur já detinha nas regiões Sul, Central e Leste do estado, além do transporte coletivo de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A incorporação foi concluída em maio, entretanto, o valor do negócio não foi informado. A única mudança efetiva feita desde então, afirma o diretor de desenvolvimento do grupo Saritur, Rubens Lessa Carvalho, foi a saída de três sócios da família Sapori, fundadora da Transnorte. "O Norte de Minas é uma região muito promissora. Surgiu a oportunidade e nós resolvemos participar", afirmou. Os membros da família Sapori, responsável pela gestão da empresa desde 1971, foi mantida no conselho de administração.
Investimentos
Embora seja menor do que a Transnorte, a Santa Terezinha estava situada numa área considerada estratégica para o Expresso Gardênia. Interligando as cidades de Varginha, Três Pontas, Boa Esperança e Passos, a companhia terá os 135 funcionários remanejados para outras atividades do grupo – que também detém controle sobre empresas em Guaxupé e Itapira (SP) –, assegura o presidente da Gardênia, Antônio Afonso Silva, o Toninho. "A Santa Terezinha serviu com uma luva nos nossos serviços e conexões de linhas".
Com a incorporação, complementamos um raio de atuação, passando a atender toda a Região Sul de Minas", afirma. O empresário aposta na criação de novos trajetos, como Lavras–Ribeirão Preto, e na prestação de serviços, como fretamento em Varginha, para retomar a rentabilidade da Santa Terezinha. A frota do grupo será renovada com a aquisição de 40 novos ônibus rodoviários, num investimento aproximado de R$ 20 milhões. "O importante é que o aporte devido pela Santa Terezinha será pago pela própria frota da empresa, que passará a contar com o know-how da Gardênia", explica.
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