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PAÍS VAI PARAR NO DIA 29


Cerca de 5 mil pessoas participaram no dia 1º de maio, do ato do Dia do Trabalhador organizado pela Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), CTB, sindicatos CUTistas, movimentos sociais, entre eles MST, MAB, Levante Popular da Juventude, Marcha Mundial das Mulheres. 

Após concentração na Praça Afonso Arinos, no Centro de Belo Horizonte, os manifestantes seguiram em marcha até a Assembleia Legislativa (ALMG). Em frente ao Banco Central, no bairro Santo Agostinho, a presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, apresentou o Manifesto de 1° de Maio da CUT, com a convocação de uma greve geral no dia 29 de maio, em todo país. 

A paralisação é uma forma de pressionar o Senado e o governo federal pela não aprovação do projeto de terceirização. O ato fez parte do 6º Encontro Estadual dos Movimentos Sociais, que neste ano tem como tema “O povo mineiro tem pressa do projeto popular”.

O movimento também tem como bandeiras a defesa da Petrobras, a reforma do sistema político, as lutas pela democratização da comunicação, contra as MPs 664 e 665 e contra a redução da maioridade penal. Durante o ato, foram distribuídos panfletos contra a terceirização e com nomes e fotos de todos os deputados federais mineiros que votaram a favor do PL 4.330, que amplia a terceirização.

“É hora de construir uma greve geral. Não só de militantes, mas de todos os trabalhadores. Não podemos sair das ruas, não podemos arrefecer. Nós fomos às ruas em Ouro Preto, pois queremos um projeto popular de governo em Minas Gerais. Hoje, fizemos um 1° de maio lindo, que mostra nossa disposição para a luta”, disse Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG.

“Hoje, viemos às ruas para defender nossos direitos, defender a democratização da comunicação, pedir o fim do financiamento empresarial de campanhas políticas”, afirmou Beatriz. “Temos que constranger publicamente os senadores mineiros para que não votem a favor da terceirização. Vamos fazer um verdadeiro esculacho dos senadores. E um deles vai ter que ser no Rio de Janeiro, né?”, disse numa referência ao presidente do PSDB, Aécio Neves, que tem residência na cidade.

Beatriz Cerqueira destacou também a luta contra as medidas provisórias 664 e 665, que colocam nas costas dos trabalhadores o ajuste fiscal. “Estaremos no Congresso Nacional para pressionar os parlamentares a votar contra as MPs 6664 e 665. O compromisso dos deputados e senadores tem que ser com os eleitores, com os trabalhadores. E a presidenta tem que retirar estas medidas”, acrescentou.

Outras pautas urgentes, segundo Beatriz Cerqueira, são a democratização da comunicação e a reforma política. Com esta mídia que está aí, só vão sair notícias contra os trabalhadores. Ou mudamos este sistema político, ou continuaremos sofrendo. A reforma política é urgente.” Ela destacou ainda que pautas como Orçamento, lei da mineração e benefícios fiscais também serão cobradas e discutidas. “Não podemos sair das ruas”, ressaltou.

No final do ato, todos aprovaram uma moção de repúdio ao governador do Paraná, Beto Richa, e a agressão covarde da Polícia Militar paranaense aos professores do Estado, que estão em greve, que deixou mais de 200 feridos. “O PSDB sempre criminalizou os movimentos sociais. Fizeram a mesma coisa conosco em 2011, na Praça da Liberdade”, disse a presidenta da CUT/MG.

Antes de chegar ao Banco Central em Belo Horizonte, onde ocuparam o pátio para hastear bandeiras e colocar cartazes na porta principal, os manifestantes saíram da Praça Afonso Arinos, no centro, e na Avenida Afonso Pena, pararam no prédio do Tribunal de Justiça, onde aconteceu um protesto contra a lentidão da Justiça brasileira e contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que pediu vistas e impediu aprovação do projeto que proíbe o financiamento privado de campanhas eleitorais. 

Em seguida, foram colados cartazes e picharam o prédio de uma agência do banco HSBC, considerado símbolo da corrupção no país, por causa da transferência ilegal de bilhões para o exterior e de um esquema de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. 

Depois, na frente do pedido do Sindicato dos Jornalistas, um aparelho de televisão com a logomarca da Rede Globo e também exemplares da revista “Veja” e do jornal “Estado de Minas”, denunciados como integrantes da mídia golpista, foram incendiados.
por Rogério Hilário - da assessoria da CUT
com assessoria do deputado Rogério Correia

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