sexta-feira, 10 de junho de 2016

EX-PRESIDENTE DO PSDB DE MINAS GERAIS FICARÁ PRESO POR TEMPO INDETERMINADO

Ex-secretário Nárcio Rodrigues ficará preso por tempo indeterminado por decisão do juiz daVara Criminal de Frutal


A pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Justiça deferiu nesta quarta-feira, 8, a prisão preventiva dos sete presos em decorrência da operação Aequalis, realizada no dia 30 de maio. 

O ex-secretário de Ciência e Tecnologia do governo Antonio Anastasia e ex-presidente do PSDB de Minas, Nárcio Rodrigues, ficará preso por tempo indeterminado por decisão do juiz Luiz Gustavo Moreira, da Vara Criminal de Frutal.

O magistrado converteu em preventiva a prisão do político e de outras seis pessoas que respondem por desvio de dinheiro público que somam R$ 18 milhões Nárcio cumpre prisão temporária desde 30 de maio; a medida tem como objetivo evitar que o réu interfira nas investigações

Seis pessoas estão presas desde aquela data. Na Operação, foi preso além do tucano Nárcio Rodrigues da Silveira, Neif Chala, ex-servidor da Sectes, Alexandre Pereira Horta, engenheiro do Departamento de Obras Públicas de Minas Gerais, Luciano Lourenço dos Reis, funcionário da CWP Engenharia Ltda e Maurílio Reis Bretas, sócio administrador da CWP. 

Também foram presos Hugo Alexandre Timóteo Murcho, que é diretor no Brasil da da multinacional portuguesa Yser e da empresa Biotev Biotecnologia Vegetal ltda. Além deles, o português Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, presidente da Yser, está foragido da Justiça. 

Segundo auditoria da Controladoria-Geral do Estado (CGE), os valores desviados entre os anos de 2012 e 2014 superam 14 milhões de reais e deveriam ser destinados a construção e a projetos da “Cidade das Águas”, desenvolvida em Frutal pela Fundação Hidroex, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado de Minas Gerais.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, há provas de que Rodrigues se valeu de contratos relacionados ao projeto Hidroex para captar recursos ilícitos para campanhas eleitorais do PSDB no período. A investigação teve início na Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais.

Segundo o MPMG, os desvios ocorreram entre 2012 e 2014 no estado, durante o governo de Antonio Anastasia, do PSDB, que é o relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado.

As fraudes tinham como objetivo levantar recursos para campanhas políticas no ano passado, segundo apontam as delações. 

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