sexta-feira, 22 de junho de 2018

ECONOMIA: GREVE DOS CAMINHONEIROS ABALA CONFIANÇA DOS EMPRESÁRIOS

ICEI divulgado pela FIEMG voltou a ficar abaixo dos 50 pontos

A greve dos caminhoneiros e o aumento das incertezas políticas e econômicas influenciaram fortemente a queda do Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (ICEI) de junho, divulgado nesta quarta-feira, 20, pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). 

O índice recuou 6,7 pontos na comparação com maio (54,2 pontos), registrando 47,5 pontos em junho. O indicador voltou a ficar abaixo dos 50 pontos, o que mostra falta de confiança, após nove meses acima desse nível. 

Os 50 pontos é o valor que separa a confiança da falta de confiança. Houve piora da avaliação dos empresários, de todos os portes de empresas, sobre a situação atual e prospectiva dos negócios.

O índice voltou a ficar abaixo da sua média histórica (51,7 pontos). O ICEI nacional caiu pelo terceiro mês sucessivo na passagem de maio (55,5 pontos) para junho (49,6 pontos) e foi inferior a 50 pontos, o que não ocorria desde janeiro de 2017. 

“O recuo no índice de confiança reflete a lenta retomada da atividade econômica e o quadro eleitoral ainda indefinido, situação agravada pela greve dos caminhoneiros, que subtraiu mais de 10 dias de faturamento das empresas e ampliou as incertezas no mercado interno”, afirma a economista da FIEMG Daniela Muniz.

Os dois componentes do ICEI, as condições atuais e as expectativas, contribuíram para a queda do indicador. Os índices variam de 0 a 100 pontos, e valores acima de 50 pontos indicam situação melhor e expectativa positiva, respectivamente.

O índice de condições atuais, que mede a percepção dos empresários com relação à situação atual dos negócios, recuou 8,5 pontos frente a maio, registrando 41,2 pontos em junho. O resultado foi 2,3 pontos inferior ao apurado em junho de 2017, interrompendo uma sequência de 24 meses de melhora na comparação anual.

Quanto ao índice de expectativas, que sinaliza as perspectivas dos empresários para os próximos seis meses, caiu 5,5 pontos entre maio (56,3 pontos) e junho (50,8 pontos). Com o resultado, o indicador aproximou-se de 50 pontos e sinalizou industriais cautelosos, após apontar otimismo por 10 meses seguidos, registrando 4,7 pontos abaixo da sua média histórica (55,5 pontos).

Esta edição da pesquisa foi feita entre 4 e 14/6 com 189 empresas: 54 grandes, 68 médias e 67 pequenas empresas. 

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