Deputado Lafayette de Andrada, presidente do Haiti, René Préval e o senador Eduardo Azeredo em agosto do ano passado
O deputado Lafayette Andrada (PSDB) fez parte da comitiva brasileira de parlamentares que visitou o Haiti, entre os dias 13, 14 e 15 de agosto do ano passado, para conhecer o trabalho das Forças Armadas do Brasil na região, onde desenvolvem ações de paz pelas Nações Unidas. Na chegada à capital, foram recebidos pelo presidente René Préval, pela primeira ministra Michèle Pierre-Louis e pelo representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) no país, Hédi Annabi. Lafayette Andrada declarou-se honrado em participar da comitiva brasileira em importante missão, onde puderam conhecer melhor a realidade do Haiti e levar ao seu povo a solidariedade brasileira.
Integraram também a comitiva o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), os senadores Flávio Torres (PDT-CE), Gerson Camata (PMDB-ES), João Pedro (PT-AM), o suplente do senador Eurípedes Pedro de Camargo, representantes do Ministério das Relações Exteriores e ainda assessores da CRE. Arrasada por décadas de conflitos internos, a economia do Haiti está em crise e seus indicadores sociais estão entre os menores do mundo.
Cerca de 58% da população está subnutrida, 48% são analfabetos e a grande maioria não tem acesso à água potável, energia e esgoto.A ajuda da ONU, liderada pelo exército brasileiro, tem o objetivo de estabilizar o país, começando pela redução da violência, para que os haitianos possam reconstruir a economia. As cidades já têm relativa segurança, após os quatro anos de presença da ONU, e os objetivos militares cedem espaço à ajuda comunitária para criação de uma infraestrutura mínima de transporte, energia, água potável, limpeza e recuperação das florestas e rios, em sua maioria devastados e poluídos.
Durante os encontros, a comitiva brasileira ouviu o mesmo apelo: a importância da permanência das forças de paz da ONU, o que ainda é vital para a estabilidade daquele país. Segundo os haitianos, sua saída repentina só interessa a grupos radicais, principalmente aos traficantes de drogas. Dentre os projetos visitados, a comitiva conheceu o projeto de coleta de lixo em um dos bairros mais pobres da capital do país. Desenvolvido pela comunidade, com objetivo de reduzir violência, aumentar a renda e limpar as ruas.
Comentários