O Governo estadual vai desembolsar R$ 39,2 milhões para comprar o prédio Tiradentes, onde hoje funciona parte dos gabinetes de deputados estaduais, localizado na Rua Rodrigues Caldas números 79,81 e 83, Bairro Santo Agostinho, região nobre de Belo Horizonte. Ele está situado em frente à sede da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e é repudiado por parlamentares, que brigam para sair do local. O edifício Tiradentes continuará a atender aos deputados. No início deste mês foi feito o sorteio dos gabinetes. Os parlamentares reeleitos tiveram direito a escolha.
Eles optaram pelos alojamentos que ficam na sede da Assembleia. No Tiradentes ficará grande parte dos novatos, que tem menor poder de barganha. Entre os que se instalarão nos andares do edifício estão os estreantes Fred Costa (PHS), Bruno Siqueira (PMDB), Marques (PTB) e o eleito por Lavras, no Sul de Minas, Fábio Cherem (PSL). O desprestígio do prédio deve-se à localização e à estrutura. Ele fica em frente à Assembleia e é popularmente chamado de “anexo”. Os parlamentares reclamam também que no Tiradentes há poucos elevadores e eles são pequenos. “Quem fica lá é porque não tem prestígio suficiente para ocupar um gabinete na sede. São só dois elevadores apertados que sempre ficam lotados, por causa do tamanho do prédio”, disse um parlamentar que preferiu o anonimato.
A Assembleia não deve esgotar o assunto com a compra do Tiradentes pelo Governo. Isto porque existiria a intenção de fazer uma transação semelhante com o Executivo para viabilizar outros imóveis. Uma das ideias ventiladas seria a disponibilização pelo Governo do prédio onde funcionou a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese), na rua paralela à sede da Assembleia, a Martin de Carvalho. A parte operacional da Casa seria transferida para o edifício, sobrando espaço na sede para abrigar a todos os 77 parlamentares. Cogita-se ainda a compra de terrenos vizinhos para ampliar o estacionamento.
do Jornal O Tempo
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