Um dos pontos fortes que está sendo alegado para a transferência do curso para o período diurno seria a dificuldade de aprendizado apresentado por estudantes por causa do curso ser noturno
A medida já está sendo discutida nos conselhos curadores da universidade e também está deixando preocupados futuros estudantes que querem ingressar neste curso no período na Ufla. O futuro dos estudantes do bacharelado em Sistemas de Informação ficará por conta de decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE). Com a transferência do curso de Sistemas de Informação para o período diurno, muitos estudantes que trabalham durante o dia e sonham com esta formação, ficarão impossibilitados de ter acesso a esta graduação na Universidade Federal de Lavras.
Além da transferência, a universidade estuda alocar o curso na modalidade chamada Área Básica de Ingresso (ABI), forma de ingresso que já foi adotada para todos os cursos de engenharia da instituição.
Além da transferência, a universidade estuda alocar o curso na modalidade chamada Área Básica de Ingresso (ABI), forma de ingresso que já foi adotada para todos os cursos de engenharia da instituição.
Em reunião realizada do Conselho da Pró-Reitoria de Graduação (PRG) do dia 23 de abril deste ano, foi feita uma uma breve explanação do projeto de transferência. Em discussão, um dos professores presentes disse que não foi convencido com a explanação apresentada. Ele destacou que um dos pontos fortes que está sendo alegado para a transferência seria a dificuldade de aprendizado apresentado por estudantes por causa do curso ser noturno.
O mesmo frisou também que é graduado em um curso noturno e nunca teve dificuldade de absorver o conhecimento que lhe era transmitido pura e simplesmente porque o curso é noturno. Na ocasião foi destacado que existem problemas didáticos no curso de Sistemas de Informação, sendo está uma das causas da qualidade das aulas a noite ser mais baixa.
Ao fazer uso da palavra, uma professora disse que o relato sobre os problemas didáticos é pertinente e que urge a necessidade da Ufla buscar condições de verificar e analisar a realidade em que acontecem os cursos noturnos, segundo ela não só o de Sistemas de Informação, para fornecer subsídios para estudos mais aprofundados das estratégias pedagógicas utilizadas. Ressaltou também que a mudança de turno pode não resolver os problemas porque na realidade, a baixa qualidade alegada, pode não ser a razão principal do problema.
Em seguida, um professor informou que o curso noturno sob sua responsabilidade tem três mil horas e que o colegiado optou por estratégias diferenciadas para a oferta de discplinas eletivas. Neste caso, uma colega dele propôs que a PRG faça, por meio de uma comissão, um estudo detalhado da carga horária dos cursos noturnos. Foi proposto então que se aprovasse naqela ocasião o parecer da Câmara Curricular. Em votação não houve maioridade simples dos votos, impossibilitando os presentes a uma deliberação sobre a matéria.
Foi apresentada a proposta para que fosse feito um documento do conselho de graduação ao Conselho de Ensino Pesqueisa e Extensão, presidido pelo reitor José Roberto Soares Scolforo, solicitando parecer a respeito da política institucional para oferta de cursos noturnos. A ideia é colher subsídios para embasar a decisão do conselho de graduação tendo em vista que em regime de votação não houve consenso. Esta proposta foi aprovada pelos presentes.
Licenciaturas na berlinda
No dia 25 de março de 2013, o reitor José Roberto Soares Scolforo assinou a Resolução 037/2013, do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE) que modificava de semestral para anual o regime de ingresso de estudantes aos cursos de Licenciatura em Física, Matemática e em Filosofia, mantendo-se o regime curricular semestral.
Dois meses depois, na 10º Reunião do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, realizada em 5 de junho de 2013, os conselheiros indeferiram a solicitação dos professores do curso de Física que pediam a revogação da Resolução CEPE 037/2013. Todos estes cursos são ofertados no período noturno na Universidade Federal de Lavras. As licenciaturas em física e matemática voltaram posteriormente a ter entrada semestral, mas o curso de filosofia foi mantida com regime de entrada anual conforme a alteração feita pela Resolução CEPE/UFLA nº 37/2013.
Leia também: Cursos noturnos na berlinda
Os conselhos
São órgãos da administração superior da Universidade Federal de Lavras o Conselho Universitário (Cuni); o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) o Conselho de Curadores e a Reitoria. O Conselho Universitário é o órgão superior de deliberação coletiva da Universidade, em matéria de administração financeira e política universitária e o O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão é o órgão superior de deliberação coletiva, autônomo em sua competência, responsável pela coordenação de todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade.
Os conselhos
São órgãos da administração superior da Universidade Federal de Lavras o Conselho Universitário (Cuni); o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) o Conselho de Curadores e a Reitoria. O Conselho Universitário é o órgão superior de deliberação coletiva da Universidade, em matéria de administração financeira e política universitária e o O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão é o órgão superior de deliberação coletiva, autônomo em sua competência, responsável pela coordenação de todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade.
Um comentário:
O know how da Universidade Federal de Lavras (UFLA), adquirido durante muitos anos, nas áreas das ciências agrárias, não contribui com o curso de MEDICINA e nem com o CURSOS NOVOS. A gestão das ciências agrárias não traz aprendizado nem conhecimentos novos para a MEDICINA e nem para os CURSOS NOVOS. A administração das ciências agrárias poderá prejudicar o curso de MEDICINA e os cursos novos devido a incompatibilidade know how em ciência e educação. A ênfase em ciências agrárias ameaça o emprego do estudante dos CURSOS NOVOS devido ao marketing antigo das agrárias. É incontestável a necessidade de modificar toda a estrutura educacional, política, administrativa e financeira da Universidade Federal de Lavras. Estas mudanças devem ser realizadas pelos profissionais e estudantes dos CURSOS NOVOS que hoje são 87% da UFLA.
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