Pular para o conteúdo principal

FECOMÉRCIO-MG DEMONSTRA PREOCUPAÇÃO COM A SITUAÇÃO DO COMÉRCIO E DOS SETORES DE SERVIÇOS E TURISMO NO ESTADO


A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG) divulgou uma nota oficial ontem, quarta-feira, 25, sobre abertura do comércio, serviços e turismo durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). 

De acordo com a entidade, em decorrência das medidas de prevenção adotadas, até o momento, para o combate ao Covid-2019, inúmeras empresas do setor de comércio, serviços e turismo estão com suas atividades paralisadas. Sem previsão de retomada de suas operações, elas acumulam imensuráveis prejuízos financeiros dia após dia, o que, em muitos casos, poderá comprometer sua sobrevivência futura. Essa situação afeta diretamente os contratos de trabalho dos empregados, que, neste momento, sofrem com a incerteza da continuidade em seus empregos.

Resultados preliminares de um levantamento da Fecomércio MG, em fase final de apuração, demonstram uma enorme queda nas vendas e no fluxo de clientes dos estabelecimentos comerciais. Enquanto no comércio atacadista e varejista os impactos negativos causados pelo novo coronavírus superam 80%, no setor de serviços se aproximam de 90%. O índice, por si só, sinaliza um cenário econômico com reflexos sociais preocupantes.

O levantamento também demonstra que, em 60,55% dos casos, será preciso paralisar as atividades por conta da Pandemia e das restrições adotadas pelo Poder Público Estadual e Municipal, o que tem gerado transtornos ao setor terciário, tais como: redução no fluxo de clientes (37,72%), restrições ao funcionamento (28,95%), aumento no preço dos fornecedores (16,03%) e falta de produtos para estoque (14%). Não à toa, 53,9% dos estabelecimentos já registraram uma queda superior a 50% no volume de vendas/serviços prestados.

Em âmbito nacional, os números também são preocupantes. De acordo com um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os estabelecimentos comerciais de Minas Gerais, que deverão permanecer fechados entre os dias 23 de março e 10 de abril, devem acumular queda de R$ 4,45 bilhões (-27,3%) no faturamento.

Ainda segundo a CNC, as perdas diretas impostas ao comércio pela pandemia de coronavírus devem chegar a R$ 25,3 bilhões na segunda metade de março de 2020, somente nos três estados com maiores volumes de vendas do Brasil (SP, RJ e MG) e no Distrito Federal. As quatro regiões respondem por cerca de 52% do faturamento anual do setor. Nesse cálculo, não estão contabilizadas as perdas indiretas decorrentes da queda espontânea da circulação de consumidores.

"Diante disso, a Fecomércio MG, em conjunto com a CNC, vem atuando intensamente perante os governos federal e estadual na busca de soluções econômicas, tributárias, trabalhistas e linhas de créditos que possam auxiliar na atenuação dos efeitos já suportados pela iniciativa privada. De igual forma, a Federação vem dialogando com várias entidades empresariais para que juntos possamos buscar mecanismos para retomar a economia e minimizar os efeitos em toda a cadeia produtiva de forma ordenada, a fim de inibir, ao máximo, a disseminação do Covid-2019", destaca a entidade.

A entidade ainda reforça que "não por acaso, a Fecomércio MG encaminhou um ofício ao Comitê Extraordinário Covid-19, do governo estadual, solicitando a padronização das ações de suspensão de determinados segmentos de comércio e de serviços. O pedido visa garantir mais segurança jurídica aos empresários do setor, responsáveis pela manutenção de mais da metade dos empregos formais em Minas Gerais."

"O fato é que o empresário requer respostas rápidas das autoridades públicas, além de uma programação estrutural adequada para que a paralisação das atividades empresariais não prossiga por tempo indeterminado, sob pena de vivenciarmos uma convulsão econômica e social com proporções incalculáveis para a nossa sociedade", conclui a Federação, na nota oficial.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BELEZAS DO CAMPUS

Se você já caminhou pelo campus da UFLA e olhou para o alto, provavelmente se deparou com esse incrível símbolo da biodiversidade brasileira: o tucano. Com seu longo bico alaranjado e plumagem preta, ele chama atenção por sua beleza e importância ecológica. No entanto, não se engane: apesar de ser encantador, o tucano é considerado um animal silvestre e predador. Os tucanos costumam viver em pares ou em bandos de até duas dezenas, deslocando-se em fila indiana durante o voo. Eles são considerados onívoros e sua alimentação é variada. Apesar de uma dieta majoritariamente composta por frutas e insetos, eles também se alimentam de ovos, filhotes de outras aves e pequenos vertebrados, revelando uma notável adaptabilidade alimentar. É fundamental destacarmos o importante papel que essas aves desempenham na natureza. Ao espalharem sementes durante seus voos, elas promovem a regeneração das florestas. Isso reforça a importância de sua preservação e a necessidade de combater a comercialização ...

BOLSONARO CONDENADO

Nesta quinta-feira (11), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, por maioria, condenar os oito réus do Núcleo 1 da ação penal 2668, a trama golpista. A AP 2668 tem como réus os oito integrantes do Núcleo 1 da tentativa de golpe, ou “Núcleo Crucial”, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR): o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF; o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (réu-colaborador); o ex-presidente da República Jair Bolsonaro; o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa. A acusação envolveu os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de E...

DECOLONIZAR A FILOSOFIA

Sinopse: "Política de Descontinuidade: Ética e Subversão" é uma obra provocativa que mergulha nas complexidades éticas e políticas da sociedade contemporânea. Escrito com clareza e profundidade, o livro lança luz sobre as dinâmicas de poder que moldam nossas interações diárias, especialmente no que diz respeito ao reconhecimento e à marginalização dos corpos designados como dissidentes. Com o Prefácio de Adilson Moreira, a obra Políticas de descontinuidade: ética e subversão tem como propósito compreender a dinâmica das estruturas discriminatórias e seu apreço péla retroalimentação do poder. Deste modo, propor, por meio de uma ética da diferença, da solidariedade e antidiscriminatória, a corrosão desses sistemas de precarização e aniquilamento. O autor, Thiago Teixeira, explora como conceitos como racismo e ciseterobrutalidade reforçam uma hierarquia injusta entre os indivíduos, perpetuando fronteiras entre vida e morte e reforçando normas sociais que marginalizam e oprimem. ...