quinta-feira, 31 de março de 2022

COVID-19: TODAS AS REGIONAIS DE SAÚDE DO SUL DE MINAS APRESENTAM QUEDA EM NOVOS CASOS


“É hora de flexibilizar mais?”, essa é a pergunta que os pesquisadores fazem no boletim da semana. Segundo eles, hoje o Brasil registra cerca de 30.000 novos casos e 230 óbitos de covid-19 por dia. Em 2019, no país, a AIDS produzia em média 102 casos e 24 mortes por dia; a tuberculose 202 casos e 12 mortes; a dengue 4.291 casos e 2 mortes e a gripe 15 casos e 3 mortes. Somando todas essas doenças, endêmicas no Brasil, por dia em 2019 elas causaram 4.623 casos e 41 óbitos e a covid-19 hoje, sozinha, causa seis vezes mais casos e mortes por dia. “Essa é a endemia que queremos?”, perguntam. A resposta, conforme os pesquisadores, definirá mudanças ou não na ESPIN (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) que influenciarão o rumo da pandemia.

Panorama no estado = Minas Gerais apresenta tendência de queda para novos casos, internações e óbitos. Se observada a taxa de incidência diária semanal (casos por 100.000 habitantes), Minas Gerais encerrou a última semana epidemiológica (20/03 a 26/03) com crescimento apenas nas regiões Centro e Leste, e as demais com queda. A menor taxa de incidência foi a da região Norte (2,9) e a maior a da Centro (26,6). O indicador para o estado caiu de 20,8 para 14,3.

Situação epidêmica da covid-19 em Minas Gerais (tendência da média móvel de 7 dias – mm7d – em 28/03) = Novos casos: tendência de queda em todas as regiões, exceto na Centro com crescimento. A mm7d ficou em 2.904 (anterior = 4.417). Novas internações: o estado apresentou queda, exceto a região Vale do Aço com crescimento. A mm7d foi de -3,3* a anterior 212 (*valor negativo devido a correções de números no sistema da SES-MG). Novos óbitos: Minas Gerais apresentou tendência de queda, exceto a região Oeste com estabilidade. A mm7d foi de 29 (anterior =30).

Situação epidêmica no Sul de Minas (tendência da média móvel de 7 dias – mm7d – em 28/03) =
Novos casos: região Sul com queda em todas as regionais de saúde. A mm7d foi de 384 (anterior = 521). Novas internações: também queda em todas as regionais, com mm7d de 7 (anterior =12). Novos óbitos: Sul de Minas com queda, mas a regional de Pouso Alegre com estabilidade. A mm7d foi de 3 (anterior = 7).

Situação nos 10 municípios mais populosos do Sul de Minas (tendência da média móvel de 7 dias – mm7d – em 28/03) = Em tendência de novos casos: exceto Alfenas e Pouso Alegre com estabilidade, todos os municípios com queda. Novas internações: Pouso Alegre e Três Corações com crescimento; Passos e Lavras estabilidade e os demais com queda. Novos óbitos: exceto Pouso Alegre com estabilidade, os municípios apresentaram queda. Entre os municípios com campus da UNIFAL-MG (Alfenas, Poços de Caldas e Varginha), Alfenas é o que apresenta maior risco de contágio com uma taxa de incidência diária na última semana epidemiológica (20 a 26/03) de 162 casos por 100.000 habitantes. Esse valor é 16 vezes maior do que o de Varginha com 10; e 32 vezes maior que o de Poços de Caldas com 5. No início da semana (28/03), apenas o município de Alfenas, com uma mm7d de 130, era responsável por um terço da média móvel de casos de todo o Sul de Minas com 384. Tanto pelo critério da média móvel, quanto pela taxa de incidência diária na semana, hoje o impacto epidemiológico da volta a atividades acadêmicas presenciais em Alfenas tenderia a ser maior do que nos outros dois municípios.

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