quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

PT COBRA AGILIDADE DO JUDICIÁRIO E DO MP NO CASO QUEIROZ-BOLSONARO

Partido tenta também formar, com os demais partidos de oposição (PSB, PCdoB, PDT e PSOL)

As principais lideranças do Partido dos Trabalhadores, reunidas com deputados e senadores do Partido em Brasília, nesta segunda-feira, 21, decidiram dar sequência aos diálogos com outras legendas de oposição, para a consolidação de um bloco parlamentar na Câmara cuja atuação vá além da eleição à Presidência da Casa.

Os parlamentares também aguardam mais celeridade na posição do Judiciário e do Ministério Público sobre os escândalos que envolvem o clã Bolsonaro e Fabrício Queiroz, ex-motorista do Senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), acusados de receberem depósitos sem origem identificada em suas contas correntes.

O silêncio do ex-juiz Sérgio Moro, especialmente sobre as denúncias contra Bolsonaro e Queiroz, também está sendo questionado.

CPI
O líder da Bancada do PT na Câmara, Deputado Paulo Pimenta (RS), alertou que as denúncias contra Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz já foram divulgadas há mais de 30 dias. O líder aproveitou para criticar que ninguém das famílias Queiroz e Bolsonaro foi ouvido. 

“A pergunta que fazemos é a seguinte: se essa denúncia envolvesse alguém do Partido dos Trabalhadores, teria sido essa mesma postura do Ministério Público Federal? Haveria esse mesmo silêncio do juiz Sérgio Moro, do Deltan Dallagnol [procurador da Lava Jato], do [juiz] Marcelo Bretas? Alguém acredita que a maneira como as autoridades estão investigando seria a mesma? É evidente que há um sentimento de impunidade, de proteção”, compara o líder petista.

Por conta da morosidade da Justiça e do Ministério Público, não está descartada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para tratar do tema. “Se não tivermos outro caminho, se percebermos que eles não vão investigar, que estão fazendo um jogo de proteção à família ‘metralha’, não nos resta outra alternativa que não seja este mecanismo, para que a verdade possa aparecer”, adianta Pimenta.

com assessoria

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