Comissão ainda não requereu a perícia no documento
Documento divulgado pelo denunciante Darci Tavares
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara Municipal de Lavras, no Sul de Minas, para investigar a suposta compra de votos por parte do vereador Ailton Magalhães Filho, o Ti Ailton, do PSDB, ouviu o depoimento do parlamentar na manhã de hoje, sexta-feira, 7.
Em seu depoimento o vereador negou todas as acusações apresentadas contra ele. A denúncia contra o vereador foi feita pelas redes sociais de Darci Tavares. Ele compartilhou uma publicação com uma cópia de um documento assinado pelo vereador e registrado em cartório.
Questionado pelo CPI, o cartório de registro de notas da cidade declarou como verdadeiros os selos e assinaturas constantes do documento que atesta a suposta compra de votos. No termo de compromisso, feito em agosto de 2016, pouco antes das eleições, Ti Ailton se comprometeu a contratar Eliane Cristina França Britto Zemp, esposa de Darci, para um cargo comissionado e, troca, o casal teria prometido votar no candidato.
Durante o depoimento na manhã de hoje, defesa do vereador Ailton Magalhães apresentou um lado pericial contratado e que aponta que é imprecisa a autenticidade da assinatura do vereador no documento registrado em cartório.
Até o momento a Comissão Parlamentar não requereu nenhum exame técnico no documento apresentado pelo denunciante. Sendo assim, no final da tarde de hoje, sexta-feira, o casa ganhou mais um capítulo.
O cidadão Josecler Alair de Oliveira, que é perito em grafoscospia, protocolou na Câmara Municipal um pedido endereçado ao presidente da CPI vereador Coronel Claret (PSD) solicitando cópia xerográfica do laudo pericial apresentado a Comissão pela defesa do vereador Ailton Magalhães Filho.
Josecler Alair tem como sustentação do pedido o artigo da 37 da Constituição Federal que versa sobre sobre o princípio da publicidade dos atos.
O cidadão destaca ainda que a CPI ainda não solicitou "parecer técnico e a defesa de pronto, apresentou sua versão, não deixando assim, oportunidade de análise técnica por parte dos membros da CPI (...), não podendo esta Egrégia Casa valer-se da visão de um único técnico".
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