sexta-feira, 1 de abril de 2011

VARGINHA TRATOU O GOLPE MILITAR COMO "REVOLUÇÃO"

A história estava sendo escrita. O varginhense não imaginava que a “revolução” engendrada pelos militares contra os perigos comunistas, seria o período mais duro da história do país e duraria longos 21 anos. A Tribuna Varginhense era alinhada com o governador Magalhães Pinto (ele apoiou o general Olímpio Mourão Filho, que levou suas tropas de Juiz de Fora ao Rio de Janeiro, para depor Jango). O jornal soltou uma edição extra no dia 1º de abril, para comemorar a revolução que, de acordo com a Tribuna, tinha o objetivo de “preservar os princípios democráticos e cristão do povo brasileiro”. O título daquela edição era “MINAS, Levanta a Bandeira da Redenção”.

Nos dias seguintes começava uma série de agressões do governo federal, como o incêndio da sede da União Nacional dos Estudantes. Nenhum jornal de Varginha citou o caso. Por sinal, nenhum jornal de Varginha chamou o golpe dessa forma, mas apenas como revolução. Políticos de Varginha enviaram um “radiograma” ao governador Magalhães Pinto, em apoio “à patriótica e viril atitude assumida por V. Excia, na defesa dos ideais democráticos em absoluta consonância com os profundos sentimentos da gente mineira”.Havia, realmente, um receio da população varginhense de que os ideais comunistas de alguma forma  “contaminassem” a população".
do Blog do Madeira

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