A era do celular e na contramão da modernidade, há quem prefira o bom e velho orelhão. Por hábito, necessidade ou pelo custo mais baixo, moradores ainda utilizam os telefones públicos, que no Grande ABC somam 15.919 equipamentos. A vendedora ambulante de São Bernardo, em São Paulo, Noemi Borges Sampaio, 38 anos, não gosta e não vê necessidade de ter celular. Ela não quer correr o risco de ficar sem bateria ou sem dinheiro para colocar crédito. É por isso que usa diariamente o orelhão que fica na mesma calçada em que trabalha.
É de lá, na Rua dos Vianas, que Noemi liga para os filhos para saber como estão, pedir para iniciarem o preparo do almoço ou recolher a roupa do varal. "Se eles precisam falar comigo é só ligar no número do orelhão. Não tem desencontro", contou a moradora do bairro Alto da Boa Vista, que trabalha das 7h às 20h. Para ela, o aparelho é fundamental. "Temos de preservar. Sempre tenho cartão de 50 unidades", contou. Segundo a Telefônica, com um crédito é possível falar dois minutos em ligação para telefone fixo
Faz 15 dias que a dona de casa Rita Carvalho Silva, 60 anos, se mudou de Lavras, no Sul de Minas, para a casa da filha no Jardim Irene, em Santo André. Para falar com os parentes mineiros ela usa o orelhão. "O minuto saiu mais barato, não quero usar o telefone da minha filha para fazer interurbano", disse.
por Bruna Gonçaves,do Diário do Grande ABC
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