sexta-feira, 11 de novembro de 2022

VALOR DA CESTA BÁSICA EM TRÊS PONTAS TEVE FORTE ALTA EM OUTUBRO


Após quatro meses de queda, o Índice da Cesta Básica de Três Pontas (ICB – FATEPS/UNIS) apresentou alta considerável de 7,55% em outubro comparado com setembro.

Quase todos os produtos apresentaram elevação nos preços médios, com destaque para tomate, batata, carne bovina e banana. No período de 12 meses, entre outubro de 2021 e outubro de 2022, a cesta básica em Três Pontas acumula alta de 15,76%.

Em Três Pontas, ao contrário das demais cidades analisadas pelo Unis, a pesquisa ocorre sempre na última semana do mês através da coleta dos preços de 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade. Para isso, utiliza-se uma metodologia adaptada do DIEESE que é aplicada nas principais capitais brasileiras.

Na sondagem de outubro foi possível verificar que o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Três Pontas é de R$635,81. Tal valor corresponde a 56,71% do salário mínimo líquido. Sendo assim, um trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 115 horas e 25 minutos por mês para adquirir essa cesta em Três Pontas.

Entre os meses de setembro e outubro, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Três Pontas, 10 tiveram alta dos preços médios: Tomate (54,43%), Batata (19,81%), Carne bovina (4,90%), Banana (4,41%), Arroz (3,53%), Feijão carioquinha (3,48%), Leite integral (2,69%), Farinha de trigo (2,19%), Café em pó (1,33%) e Óleo de soja (0,29%). Dois produtos tiveram os preços médios mantidos: o pão francês e o açúcar refinado, e apenas um produto apresentou queda em seus valores: Manteiga (-1,20%).

A pesquisa do mês de outubro em Três Pontas chama bastante a atenção, pois a forte alta no valor da cesta básica ultrapassou as quedas recentes e determinou o maior valor para essa cesta neste ano de 2022. Duas observações se fazem importantes: primeiro, o impacto que isso causa no orçamento das famílias assalariadas; segundo, a constatação de que as políticas econômicas que contribuíram para a queda nos preços dos combustíveis e da energia não surtiram efeitos mais profundos nos produtos alimentícios.

Em nossos relatórios atuais chamamos a atenção para a necessidade de novas políticas com foco na melhoria da produção e da disponibilidade interna de bens alimentícios a fim de conter a inflação da cesta básica, tendo em vista que no curto prazo o comportamento das safras e da demanda externa continuarão sendo os fatores decisivos da dinâmica dos preços.

Confira a pesquisa completa clicando aqui.

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