
O caso do Paraná não é isolado. Presidente do PMDB paulista, Quércia tornou-se um dos principais articuladores da campanha de Serra à Presidência. Ele joga combinado com Serra desde o apoio do PMDB à reeleição de Gilberto Kassab (DEM). A aliança em 2010 é fundamental para Quércia se eleger senador. Uma participação mais decisiva de Quércia nas costuras regionais, sobretudo com o PMDB , foi acertada num jantar na casa de Kassab no início de abril.Estiveram no encontro, além de Quércia, o chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, o ex-senador Jorge Bornhausen e os presidentes do PSDB, Sérgio Guerra, e do PPS, Robertopercorrido o País na tentativa de desatar os nós que impediam PMDB e PSDB de se coligarem nos Estados. Obteve resultados. Além do Paraná, o ex-governador deixou bem encaminhados acordos em Santa Catarina, Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, na Bahia e no Rio Grande do Norte. Em pelo menos outros dez Estados, a aliança já é dada como certa.
"Hoje o Quércia é o nome mais autorizado para falar sobre a aliança tucana com o PMDB ", reconhece Guerra.No dia 22 de abril, ele esteve em Brasília e pediu a interlocutores de Lula, como José Sarney, Renan Calheiros e Michel Temer, que não fechassem uma aliança formal com o PT em 2010. "Me dêem um voto de confiança. Se formalizarmos com o PT, podemos ter prejuízo nos Estados", argumentou. Para convencer o ministro da Integração, Geddel Vieira Lima, a se unir ao PSDB, Quércia não foi menos incisivo. "É um equívoco político ficar a reboque de Jaques Wagner", disse. Geddel ainda não bateu o martelo, mas a avaliação é de que, se Paulo Souto (DEM) não for candidato, o PSDB fechará com o PMDB.
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