A frustração de não escrever o nome na história da seleção brasileira masculina de vôlei é página virada para o levantador William Arjona. Em sua terceira temporada na Argentina, o jogador de 29 anos pode encontrar no rival sul-americano a possibilidade de realizar o sonho de disputar uma Olimpíada. As passagens de William Arjona por equipes brasileiras incluem o Único Ouro Vida (1998/1999), Telemig Celular/Unicor (1999/2000), Vasco/Três Corações (2000/2001), Ecus Suzano (2001/2002), Interlbras/São José (2002/2003 e 2003/2004), Bento Gonçalves (2004/2005) e Online (2005/2006). Na Argentina, o levantador foi campeão com o Drean Bolívar nas duas últimas temporadas, sendo eleito o melhor jogador em 2004/2008.Embora não se mostre arrependido por ter atravessado a fronteira, Arjona diz acreditar que a mudança de país pode ter interferido em seu futuro na seleção brasileira. "É uma dúvida que todo mundo tem. O Wallace [brasileiro, também do Bolívar] tinha que ser oposto da seleção. Ele é super profissional, tem 24 ou 25 anos e foi eleito duas vezes melhor do campeonato. Não é convocado por este motivo, das pessoas não acompanharem o vôlei daqui. Eu perdi as esperanças por causa da idade. Mas aqui tem um bom nível e bons jogadores. Eu viajei a Europa jogando e não vi nenhum clube que tenha a estrutura do Bolívar."
'Esquecido' no seu país, o brasileiro foi eleito o melhor jogador da Liga Argentina na última temporada, vencida pelo time que defende, o Drean Bolívar. Mesmo com o processo de renovação que passará a seleção brasileira, o levantador não tem mais esperanças de defender o Brasil em Jogos Olímpicos e já pensou em se naturalizar argentino para liderar a nova geração em Londres-2012.
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