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DESPEJO DE MORADORES PODE ACABAR EM CONFLITO EM BH

O risco de conflito entre moradores das ocupações Dandara, Irmã Dorothy e Camilo Torres, todas em Belo Horizonte, e os policiais que se dirigirem aos locais para cumprir ordens de despejo e de reintegração de posse foi destacado em reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na manhã desta segunda-feira, 28. Moradores das ocupações alertaram que pretendem lutar com a vida para garantir a permanência nas ocupações.

Na tentativa de evitar esse confronto e resolver a situação das famílias, uma comissão formada por deputados, moradores e representantes da sociedade civil organizada deixou a reunião e se dirigiu, durante a manhã, a evento em Belo Horizonte com a presença da presidente Dilma Rousseff. O objetivo da comissão é conseguir o apoio do Governo Federal na luta pela permanência das famílias nas ocupações. O presidente da Comissão de Direitos Humanos e autor do requerimento para reunião, deputado Durval Ângelo (PT), também informou que uma reunião com o governador foi agendada para a tarde de ontem, segunda-feira, 28, com o objetivo de discutir a situação.

Na reunião, Nívea Juliana de Matos, moradora da ocupação Irmã Dorothy, leu uma carta em nome dos moradores das ocupações relatando o medo do despejo. Segundo a carta, os moradores estão vivendo momentos de pânico. "Vamos lutar com todas as forças, não vamos abrir mão do lugar em que moramos hoje", disse. Ela fez um alerta às autoridades: os moradores não vão sair das ocupações e a entrada da polícia para cumprir a ordem judicial de despejo pode ter como resultado um massacre e a chacina da população. "Vamos dar a vida para continuar nos terrenos que nossas crianças chamam de lar", afirmou.

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