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O PERFIL ECONÔMICO DE LAVRAS

Blog O Corvo-Veloz traça o perfil da cidade, quinto maior município do Sul de Minas. Estudo é baseado na Série Identidade dos Municípios Mineiros 2014, publicação do Sebrae
Classe média foi responsável por 51% do potencial de consumo por classe de rendimento em 2013 na cidade
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae) possui uma ferramenta que possibilita o acesso a informações atuais e oficiais sobre os municípios de Minas Gerais. Com a Série Identidade dos Municípios Mineiros 2014 você acessa informações com as principais características de cada um dos 853 municípios do Estado. 

Em um formato visual de fácil leitura e compreensão, o leitor poderá reunir informações antes de abrir uma empresa; compreender melhor a dinâmica do município onde se deseja atuar; ampliar o conhecimento sobre o local para identificar novas oportunidades de negócios; obter dados para melhor planejar a expansão do empreendimento.

Lavras, no Sul de Minas, que pelo Censo 2013 possui população estimada de 98.172, o que corresponde a 0,5% da população do Estado, segundo a Série Identidade dos Municípios Mineiros 2014, possui 95% de sua população vivendo na Zona Urbana. De acordo com os dados, apenas 5%  vivem na Zona Rural. No total, a cidade possui 28.978 domicílios. Um dado interessante é que em Lavras, no índice de população economicamente ativa (PEA) é de 58% (47.175) e a população não economicamente (PNEA) é de 42% (33.498). Com estes números, a taxa de atividade da cidade gira em 58,5%. 

A PEA é um conceito elaborado para designar a população que está inserida no mercado de trabalho ou que, de certa forma, está procurando se inserir nele para exercer algum tipo de atividade remunerada. Por exemplo, nos países subdesenvolvidos, o índice inclui os indivíduos que possuem entre 10 e 60 anos, já nos países desenvolvidos geralmente considera-se apenas aquele que possui mais de 15 anos de idade.

Assim, a parte da população que está desempregada e que não busca empregos, como crianças menores que 10 anos, estudantes que não trabalham, donas de casa que exercem apenas funções domésticas não remuneradas, entre outros, é incluída naquilo que se denomina por População Economicamente Inativa, a PNAE.

Consumo
No perfil econômico, a Série Identidade dos Municípios Mineiros 2014 mostra que Lavras o potencial de consumo total da cidade em 2013 foi de 1.706 milhões, o 27º no ranking Estado e o 252º no Brasil. Ainda segundo o levantamento, o potencial de consumo urbano por classe de rendimento em 2013 foi de R$347 milhões (21% do total ) na classe A, pela classe B (a classe média) o índice foi de R$846 milhões (51%), pela C foi de R$413 milhões (25%) e pelas classes D e E foi de R$53 milhões (3%). O potencial de consumo urbano por classe de rendimento ficou na casa de R$1.659 milhões em 2013 na cidade.

Despesas
A pesquisa também mostra que a manutenção do lar é o item que mais pesa no orçamento dos lavrenses. De acordo com o potencial de consumo urbano por tipo de despesa, em 2013, os lavrenses gastaram 24,8% do seu orçamento com a manutenção do lar. Outras despesas consumiram 22,8% dos gastos. Em terceiro lugar veio veio a alimentação no domicílio, consumindo 9,4% das despesas. Itens como gastos com veículo próprio ficaram em 4,9%; medicamentos 2,9%; transportes urbanos 2,1% e bebidas 1,0%.

Desenvolvimento
Segundo dados levantados de 2012, Lavras possui 43 empresas de médio e grande porte, somando 0,7% de participação em Minas Gerais e correspondendo a 62,3% de participação na microrregião. Micros e pequenas empresas somam 4.292, mas a participação no Estado delas é menor em relação as médias e grandes, ficando em 0,6% e somando 44,0% de participação na microrregião. Já empreendedores individuais somam 1.579, perfazendo 0,4% de participação em Minas e 33,1% na microrregião.

Serviços
A Série Identidade dos Municípios Mineiros 2014 mostra que no ano 2000, o valor adicionado por setor de Lavras foi de 379 milhões, sendo 64% deste total oriundo do setor de serviços, 27% da indústria e 9% da agropecuária. Já no ano de 2011, o valor adicionador por setor da cidade foi de 1.401 milhões, sendo 65% oriundo do setor de serviços, 29% da indústria e apenas 6% da agropecuária. 

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