As celebrações acontecerão entre os dias 2 e 9 de abril
Em Ouro Preto, os ritos são organizados por duas paróquias diferentes, em revezamento. Neste ano, é a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, localizada no bairro Antônio Dias, que será responsável pelas celebrações. Esse revezamento, que ocorre entre essa e a Paróquia de Nossa Senhora do Pilar, influencia principalmente na rota das procissões da Semana Santa, que mudam de acordo com cada paróquia.
Os tapetes devocionais são uma das principais atrações na cidade neste período. Lindos e extensos tapetes de serragem são montados pelas ladeiras de Ouro Preto na madrugada do Sábado de Aleluia por moradores e turistas em conjunto, promovendo a união dos fiéis e ilustrando vários símbolos religiosos. Enfeitando a cidade durante essa semana, os tapetes são incríveis demonstrações da devoção dos católicos e deixam as ruas de Ouro Preto deslumbrantes.
Além dos tapetes, há também o Setenário das Dores, evento tradicional antiquíssimo da região. O Setenário das Dores é uma paraliturgia tradicional, com ritos em latim e cânticos barrocos dos séculos XVIII e XIX. Acontece nas sete sextas-feiras que antecedem a Páscoa e se trata de momentos de reflexão sobre as Sete Dores de Maria. Neste ano, ele teve início no dia 17 de fevereiro na Paróquia de Nossa Senhora do Pilar. Na paróquia do Antônio Dias, o Setenário acontecerá de 25 a 31 de março.
Em 2023 também veremos novamente a Procissão do Fogaréu, que foi retomada em 2019 depois de 100 anos sem ser realizada. A celebração conta com fiéis usando vestimentas pretas com longos capuzes e grandes tochas, os Farricocos, que encenam a captura de Jesus Cristo. A procissão ocorre após a Cerimônias do Lava-Pés, na noite de Quinta-feira Santa, e atrai inúmeros turistas e moradores curiosos com o visual peculiar do evento, com as tochas acesas em meio à escuridão da noite, trazendo às ruas de Ouro Preto um clima solene e também sombrio.
Veja a programação detalhada da Semana Santa 2023 no link: https://ouropreto.mg.gov.br/turismo/evento/346
*Com texto de Luis Campioto e revisão de Greiza Tavares
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