APLICATIVO DESENVOLVIDO NA UNIFEI É UTILIZADO PARA MONITORAMENTO DE CONDIÇÕES HÍDRICAS

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) realiza periodicamente um monitoramento das condições hídricas de áreas cafeeiras por meio de drones e imagens de satélite, e o sistema utilizado para esse objetivo se utiliza do aplicativo “Regador”, ferramenta que avalia o status hídrico de plantas de café com as imagens de satélite.

O aplicativo foi desenvolvido na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) em 2021, pela professora Vanessa Cristina Oliveira de Souza, do Instituto de Matemática e Computação (IMC) e, desde então, passa por aprimoramentos e atualizações constantes.

A ideia do aplicativo surgiu de uma parceria da professora com a EPAMIG de Lavras, e o software foi desenvolvido como trabalho final de graduação da discente de Ciência da Computação Patrícia Costa. O trabalho foi publicado no Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação.

“O dado apresentado no aplicativo é fruto de uma pesquisa ampla da EPAMIG. É difícil obter o potencial hídrico diretamente da planta; assim, pesquisadores da EPAMIG conseguiram gerar um modelo matemático que estima essa variável a partir de imagens de satélite. Nosso papel foi democratizar esse modelo, possibilitando seu acesso por qualquer pessoa. Uma das motivações do trabalho foi justamente aproximar o produtor rural das pesquisas de ponta feitas nas empresas e trazer para os produtores algo tangível, que possa, de fato, ajudá-lo no manejo da cultura”, explicou a professora Vanessa.

Além do “Regador”, Vanessa desenvolveu, em parceria com a EPAMIG, o aplicativo “Demarcafé”, cujo objetivo é fazer o mapeamento de áreas cultivadas, o monitoramento ambiental e o planejamento saudável. Ele permite que cidadãos não-pesquisadores colaborem com esse mapeamento.

“A parceria da UNIFEI com a EPAMIG tem gerado frutos muito positivos. Eles têm os dados e as demandas, e a gente gera as soluções e contribui na melhoria das pesquisas envolvendo geotecnologias e cafeicultura. Faço parte da equipe de projetos da EPAMIG, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG – e pelo Consórcio Brasileiro de Café da EMBRAPA-Café”, completou a professora Vanessa.