Folia de Reis tem sua origem em Portugal. Ligada às comemorações do culto católico de Natal, foi trazida para o Brasil ainda nos primórdios da formação de identidade cultural brasileira, que ainda hoje mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do País. O Estado de Minas Gerais, sobretudo o Sul de Minas tem grande apreço pela manifestação cultural e foi no intuito de valorizar a tradição que o vereador Odair Quincote propôs o Projeto de Lei (PL) Nº 7568/2020, aprovado na sessão no dia 15 de dezembro de 2020 da Câmara Municipal de Pouso Alegre, no Sul de Minas.
Autor do Projeto, o vereador Odair Quincote acredita que a inserção no Calendário Oficial confere mais visibilidade para a tradição.
"Com a inserção desse evento no calendário oficial de Pouso Alegre, espera-se obter da Prefeitura Municipal por intermédio da Superintendência de Cultura empenho junto à iniciativa privada, bem como dos adeptos da festa popular de Folia de Reis, para que se possa realizar em nossa cidade, da melhor forma possível a tradicional comemoração", explica Quincote.
No Brasil a visitação das casas, que dura do final de dezembro até o dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo, chamado em alguns lugares de Folia de Reis, em outros Terno de Reis, é composto por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e artesanal, como tambores, reco-reco, flauta e rabeca (espécie de violino rústico), além da tradicional viola caipira e do acordeão, também conhecida em certas regiões como sanfona, gaita ou pé de bode.
Além dos músicos instrumentistas e cantores, o grupo muitas vezes se compõe também de dançarinos, palhaços e outras figuras folclóricas devidamente caracterizadas segundo as lendas e tradições locais. Todos se organizam sob a liderança do Capitão da Folia e seguem com reverência os passos da bandeira, cumprindo rituais tradicionais de inquestionável beleza e riqueza cultural.
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